Maria Cecilia
Pesquisa feita em diversas fontes
FARISEUS:
Fariseus, significa “os separados”. Receberam esse nome por viverem afastados do Impuro.
Os fariseus, não cuidavam do templo como os sacerdotes, eram mestres das sinagogas e formaram uma ala dentro do judaísmo que pretendia conservar a lei (toráh), explicá-la e zelar para que seja posta em prática na vida pública e na vida privada.
Era um grupo formado por leigos que se constituiu dentro do judaísmo. Aparentemente eram contra a classe sacerdotal e os romanos. Com isso conseguiram influência política e social sobre o povo. Manejaram habilmente o sentimento religioso de libertação que o povo mantinha com muita esperança.
Eram exagerados no cumprimento da lei para estar em santidade quando viesse o Reino. Fizeram numerosas regras, mandamentos e proibições que impunham ao povo que consideravam não piedoso e ignorante.
Faziam alarde de sua fidelidade e amor pelas tradições e leis religiosas (Lc 18,9-14), mas mantinham o povo oprimido com suas regras. Pareciam ser justos, mas amavam as coisas que os poderosos amam: dinheiro, prestígio, poder (Lc 16,14-15).
Eram bem aceitos pelo povo que os via como perfeitos cumpridores da lei. Por isso tornaram-se uma espécie de intermediários entre o povo e as autoridades. Mas não defendiam os interesses do povo.
Atitudes de Jesus frente aos fariseus:
(Mt 23,1ss); (Lc 18,9-14); (Mc 2,23-28; 3, 1-6); (Lc 11,52); (Lc 16,14-15); (Mt 12,38-42); (Mc 3,6).
SADUCEUS:
O nome “saduceus” relaciona-se com Sadoc, o Sumo Sacerdote colocado por Salomão em lugar de Abiatar (1Rs 2,35). Constituíam o partido sacerdotal. Vinculados ao templo, rejeitavam a doutrina sobre a ressurreição dos mortos (Mc 12,18; At 23,8) e dedicavam-se ao exercício do culto.
Era um grupo formado por gente rica, donos de terra, grandes funcionários, altos políticos, comerciantes e homens de negócios e o alto clero. Tinham menos destaque e autoridade junto ao povo.
Eram liberais, mas consideravam Jesus de Nazaré um revolucionário perigoso que poderia perturbar a ordem e provocar a intervenção de Roma (Jo 11,48). Aparecem muitas vezes nos Evangelhos, como na condenação de Jesus à morte. Sob a presidência do Sumo Sacerdote, seus representantes, juntamente com os fariseus e a aristocracia laical dos “anciãos” do povo, integravam o sinédrio de Jerusalém, a mais alta autoridade religiosa e judicial dos judeus.
Atitudes de Jesus frente aos Saduceus:
(Mc 10,23; Lc 16,13); (Lc 20,25); (Lc 22,24-30); (Lc 7, 21-23); (Lc 6,20); (Lc 6,25); (Lc 20,38); (Lc 19,47).
SAMARITANOS:
Habitantes da Samaria, descendentes de israelitas e colonos oriundos da Assíria. Eram monoteístas. Por sua mistura com pagãos eram considerados pelos judeus como impuros no culto e seguidores de uma heresia diabólica (Jo 8,48).
No tempo de Jesus tanto a Samaria como sua gente era odiada pelos judeus, com quem mantinham relações muito tensas (Jo 4,9). Os galileus evitavam atravessar a Samaria (Lc 9, 51-55). O próprio nome samaritano era uma injúria (Jo 8,48).
Atitudes de Jesus frente aos samaritanos:
(Mt 10,5; At 1,8); (Lc 10,30-37); (Jo 4).
ESSÊNIOS:
Grupo desmembrado do Templo de Jerusalém. Designavam-se a si mesmos como “comunidade da aliança”, apesar de viverem numa separação total do judaísmo oficial.
Era uma espécie de ordem monástica: praticavam a pobreza pessoal e, alguns, o celibato.
O grupo dos essênios tinha algumas características. Os candidatos passavam por um período de um ano de “postulantado” e dois anos de “noviciado”. O candidato era aprovado como membro da comunidade após um juramento e recebia uma doutrina secreta.
Há tentativas de relacionar Jesus com os essênios de Qúmrã (perto do mar Morto). Porém os evangelhos não demonstram o menor contato de Jesus com eles. Também a atitude de Jesus distingue-se dos essênios ao juntar-se com o povo e proclamar a hora presente como a grande hora da graça de Deus.
Atitudes de Jesus frente aos essênios:
(Mt 5,14-16); (Lc 5,32); (Lc 6,17ss); (Lc 14,15ss); (Lc 7,26ss).
ZELOTAS:
Como eram chamados os movimentos revolucionários messiânicos. Grupo pequeno, mal visto pelo povo e por outros religiosos.
Formaram-se para combater a cobrança de impostos pelo império romano. Eram adversários ferozes da dominação estrangeira e pretendiam estabelecer uma teocracia, expulsando pela força os dominadores estrangeiros (At 5,37).
à Simão, apóstolo de Jesus tinha o sobrenome zelota (Lc 6,15; At 1,13), provavelmente por ser oriundo desse partido, zeloso cumpridor da lei (Gl 1,14).
Ao contrário destes, Jesus exclui a violência, pois sua mensagem realiza-se no amor a Deus e ao próximo, incluindo os inimigos (Lc 6,27-39; Mt 5,38-48).
Atitudes de Jesus frente aos zelotas:
(Mt 13,33); (Mt 16,26); (At 5, 37); (Lc 6,27-39; Mt 5,38-48).
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