Como cristãos imitadores de Cristo, devemos privilegiar todas as atitudes do Mestre pondo-as em prática em nossa vida. Entretanto, como o texto diz que a fé é a nossa identidade cristã, devemos privilegiar aquelas atitudes de Cristo nas quais Ele nos alertou para a necessidade da fé. “Quem crer e for batizado será salvo. Quem não crer será condenado”. Ele não disse quem não for batizado será condenado, mas sim, quem não crer... Também disse: “Não tenhas medo. Apenas acredite”. A fé é coisa imprescindível para a nossa salvação. Sem ela estaremos no fogo do inferno!
A nossa fé é como uma planta que precisa ser regada, alimentada. E os alimentos da nossa fé, são: a palavra, a Eucaristia, caridade e muita oração. Sem esses quatro alimentos nossa fé vai se esvaziando, enfraquecendo até morrer.
Contudo, é importante lembrar aqui outros perigos da nossa fé. São eles:
A- Revolta contra o mal do mundo: pessoas que se revoltam contra Deus após sofrer um revés na vida. Perda do emprego, de um ente querido, etc;
B- Ignorância religiosa: Não podemos amar a quem não conhecemos. Se não procurarmos conhecer a Deus pela sua palavra, fica difícil confiar nele;
C- Indiferença religiosa: Essa é a pior praga, ou “vírus” que afeta a mente de algumas pessoas.Por alguma afecção mental, certos indivíduos não reagem a nenhum estímulo religioso;
D- Preocupação com as coisas do mundo, a riqueza: “Onde está teu tesouro, estará teu coração”. Disse bem aquele que foi o melhor psicólogo, pois conhecia como ninguém a natureza humana. “ Você não pode servir a dois senhores”. Assim, nós idolatramos: o carro, o computador, a moto, a casa, etc. e nos esquecemos do Pai, achando que as coisas desse mundo nos preenche,nos completa, nos satisfaz, e nos faz felizes. Que tolice! Os bens materiais não só nos afastam de Deus, como embrutecem o nosso coração, ou nossa mente, dificultando-nos de recorrer ao único Deus;
E- Mau exemplo de alguns cristãos: é preciso ter em mente que os ministros de Deus são seres humanos como nós, sujeitos a erros. Se à primeira falha de um padre eu perco a minha fé, eu provo com isso que eu era um homem de pouca fé;
F- As correntes de pensamentos hostis à religião: O comunismo abalou a fé de muita gente boa. A antiga Juventude Operária Católica, foi um exemplo disso. Quantos cristãos acabavam perdidos em ideologias materialistas, tendo a sua fé enfraquecida pela ação em lugar de oração;
G- O pecador que se esconde de Deus, por vergonha e sentimento de culpa: Com a consciência moral já embrutecida pelo pecado, o homem que se afastou de Deus um dia, tem medo de se reaproximar da luz, para que a sua sujeira da alma não seja revelada;
H- As más companhias: Este é um perigo muito grande principalmente na adolescência, quando se leva muito a sério o que os outros pensam de nós. Basta alguém fazer a menor gracinha pelo fato de um jovem ir à igreja, ao grupo de jovens, para que a sua fé fique prejudicada. È claro que estamos falando de um jovem também de pouca fé;
I- A falta de oração. Entre todos esses nove itens, o último fala mais alto, é o mais importante. Por que na verdade não existe crise de fé, mas sim, falta de oração. Conheci dois padres que desistiram, por absoluta falta de oração.
Devemos crescer para uma fé estimulada pessoalmente com a cabeça, com a razão em vez do sentimentalismo. Temos de ter uma fé científica, acreditar em um Deus necessário, que se revelou aos nossos ancestrais, falou pelos profetas, e nos enviou o seu filho, o qual, por sua vez nos provou sua divindade através de 40 milagres.
Oremos: Senhor aumente a minha fé. Não permitas que eu esteja incluído no dia do juízo final entre aqueles que serão condenados por que não creram. Espero ouvir a vossa voz dizendo a mim: Bem vindo à casa do Pai. “A tua fé te salvou!
Que compromissos devemos assumir para uma prática sincera da oração?
Como cristãos engajados no plano de Deus, devemos firmar o compromisso sincero de amar a Deus e ao nosso semelhante, evangelizar por palavras e por atos. E, para poder alcançar a força e a graça de amar o nosso irmão, acolhendo-o, suportando-o, precisamos orar. A oração é o alimento da nossa fé que nos é mais acessível. Isto porque, mesmo que se eu fosse analfabeto impedido de ler a palavra de Deus, eu poderia rezar. Mesmo que onde eu morasse não houvesse nenhum templo onde pudesse receber a eucaristia, mesmo assim, eu poderia alimentar a minha fé pela oração.
Rezar é falar e ouvir Deus no mais íntimo do nosso ser. Por isso, para rezar, é preciso recolhimento. O nosso corpo também reza.
O mestre nos alertou para a necessidade de oração constante. Nos disse: ”Vigiai e orai. O espírito está preparado mas a carne é fraca”. “Pedi e recebereis, batei e abrir-se-vos-à”. Jesus enquanto Deus não precisava rezar. Mas, para nos dar o exemplo, se recolhia por horas a rezar em lugares solitários. A nossa vida sem oração torna-se uma vida sem sentido E a pior coisa é viver sem sentido. Quando não rezamos, tudo corre mal. Por outro lado, Deus nos chama sempre, nos conduz à súplica, permitindo que nos aconteça a adversidade. Por que ele sabe que quando a coisa fica preta, nós nos lembramos dele. Tem gente que só reza quando a casa pega fogo, quando perde o emprego, quando é seqüestrado, etc. Deus é o Sinai da nossa vida. Ele é, tanto o fogo que abrasa, como a brisa que refrigera.
Devemos reservar um bom momento do nosso dia dado por Deus, para falar com Ele. Pedir perdão, louvar, agradecer, suplicar, fazer uma leitura espiritual, criar um clima de silêncio de liberdade interior de esvaziamento do nosso eu de pobreza de espírito, para poder sintonizar o dono do mundo.
Orar é também orar “com”. Com a família, com os catequizandos, com a comunidade...
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