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quarta-feira, 20 de maio de 2009

O SACROSANTO CONCÍLIO



INTRODUÇÃO

O Sacrosanto Concílio nos mostra que a Liturgia é o cume para o qual tende a ação da Igreja e, ao mesmo tempo, é a fonte donde emana toda a sua força. E isso acontece porque nela se encerra a pessoa de Jesus Cristo. Ou seja, o próprio Jesus Cristo está presente em toda Liturgia, de modo especial na Liturgia da Santa Missa.

Presença de Cristo na Liturgia: Cristo está sempre presente em Sua Igreja, sobretudo nas ações litúrgicas. Na missa, por exemplo, Cristo está quatro vezes presente, da seguinte forma: 1) Presente está no sacrifício da missa, tanto na pessoa do ministro, quanto sobretudo sob as espécies de pão e de vinho; 2) Presente pela Sua força nos sacramentos, de tal forma que quando alguém batiza é Cristo mesmo que batiza; 3) Presente está pela Sua palavra, pois é Ele mesmo que fala quando se lêem as Sagradas Escrituras na igreja; 4) Está presente finalmente quando a igreja suplica e canta salmo. Pois Ele prometeu: “Onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, aí estarei no meio deles” (Mt 18,20).

Porém, a presença mais forte de Cristo está no Sacrosanto Mistério da Eucaristia. Cristo está presente nas espécies Eucarísticas, principalmente na hora da Consagração, na qual devemos o maior respeito, acolhimento, atitude de oração, e principalmente, SILÊNCIO. Desta forma, devemos ter quatro motivos para respeitar, para nos silenciar, para nos recolher e adorar Jesus Cristo quatro vezes presente na Santa Missa.

Portanto, quase nada justifica uma atitude de descontração, conversas, risos que além de tudo, prejudica os demais que estão sintonizados com Deus. Outro dia na missa das crianças, havia umas pessoas conversando e rindo na entrada da igreja como se estivessem em uma lanchonete, sem se importar com a tríplice presença de Deus na pessoa do Espírito Santo. É preferível crer que aquelas pessoas não sabem disso, a menos que o assunto seja muito importante, mesmo assim, a bem da verdade, salvo caso de vida ou morte, nenhuma urgência tem prioridade para quem está participando de uma Missa para ficar trocando idéias na porta da igreja. Isto porque, Deus se faz presente quatro vezes na hora da Santa Missa, a saber:

Caros irmãos, que isso nunca aconteça conosco da linha de frente da Igreja. Pois é comum às vezes a gente ver pessoas da própria paróquia encarregadas de orientar a coleta, a procissão de entrada entre outras, conversando em voz alta umas com as outras, quando estão se organizando na porta da igreja. Apesar de às vezes que uma troca de informação se faz necessária pó vezes, isso acarreta em mau exemplo para os demais, principalmente jovens. Eles pensam. Se as tias que coordenam a missa estão conversando, é porque a gente também pode conversar. Essa troca de informação de última hora entre responsáveis pela missa deveria ser feita na base do cochicho, para não dar mau exemplo. O ideal seria melhorar a preparação entre as equipes de liturgia para evitar o surgimento de necessidades de se comunicar principalmente em voz alta durante a missa.

Jesus: ajude-nos na hora da Missa a: Arrependermos dos nossos pecados, a prestar a máxima atenção às leituras e explicações das mesmas, a ter uma atitude orante com respeito e acolhimento na segunda parte da missa.

Na Última Ceia, na noite em que foi entregue, nosso Salvador instituiu: O Sacrifício Eucarístico de Seu Corpo e Sangue( A missa). Por ele, perpetua pelos séculos, até que Ele volte, o Sacrifício da Cruz confiando desta forma a Igreja, Sua dileta Esposa, o memorial de Sua Morte e Ressurreição; sacramento de piedade, sinal de unidade, vínculo de caridade, banquete pascal, em que Cristo nos é comunicado em alimento, (A hóstia). O espírito é repleto de graça e nos é dado o penhor da futura glória. Portanto, entre toda a liturgia, é no Sacrifício da Eucaristia, a qual é a fonte, de onde se deriva a graça para nós, com a maior eficácia é obtida aquela santificação dos homens em Cristo e a glorificação de Deus, para a qual, como a seu fim, tendem todas as demais obras de salvação da Igreja. É no Sacramento dos Sacramentos, a Eucaristia, que os fiéis exprimam em suas vidas e nossa Redenção, e contribui do modo mais excelente para que os outros manifestem o mistério de Cristo e a genuína natureza da verdadeira Igreja. Caracteriza-se a Igreja de ser, a um tempo, humana e divina, visível, mas ornada de dons invisíveis, operosa na ação e devotada à contemplação, presente no mundo e no entanto peregrina. E isso de modo que nela o humano se ordene ao divino e a ele se subordine, o visível ao invisível, a ação e a contemplação.

Quando consideramos a Liturgia no dia a dia espiritual dos fiéis, constatamos que é de extrema necessidade as disposições pessoais, ou seja: Para que se obtenha esta plena eficácia, é mister que os fiéis se acerquem da Sagrada Liturgia com disposições de reta intenção, sintonizem a sua alma com as palavras e cooperem com a graça do alto, a fim de que não a recebam em vão. Para que, ao receber a Eucaristia, ela não se torne para nós, motivo de juízo e condenação eterna, más sim alimento para a nossa alma e remédio para o nosso corpo. Por isso, é dever dos sagrados pastores vigiar que, na ação litúrgica, não só se observem as leis para a válida e lícita celebração, mas que os fiéis participem dela com conhecimento de causa, ativa e frutuosamente, cultivando a piedade em toda a caminhada. Isto porque, a nossa vida espiritual não se restringe unicamente à participação da sagrada Liturgia. O cristão, chamado para a oração comunitária, deve, não obstante, entrar em seu quarto r rezar ao Pai em silêncio. Deve até orar sem cessar, como adverte o próprio Cristo. O cristão que não reza, vai enfraquecendo na fé. No nosso dia a dia várias são as distrações, para não dizer tentações que nos afastam de Deus. É preciso rezar sem cessar, para a força e a presença de Jesus esteja presente em nossa carne mortal.

Por outro lado, não devemos adorar a Deus só com os lábios. É por isso que Jesus nos recomenda a orar no silêncio do nosso quarto. É necessário haver uma participação ativa em toda Liturgia a qual participamos. A missa não deve se assistida, mas sim, participada. É por que deseja ardentemente a Mãe Igreja que todos os fiéis sejam levados àquela plena, cônscia e ativa participação das celebrações litúrgicas, que a própria natureza da Liturgia exige e à qual, por força do batismo, o povo cristão, geração escolhida, sacerdócio régio, gente santa, povo de conquista,0 tem direito e obrigação.

Cumpre que essa participação plena e ativa de todo o povo seja diligentemente considerada na reforma e no incremento da Sagrada Liturgia. Pois é a primeira e necessária fonte, da qual os fiéis haurem o espírito verdadeiramente cristão. E por isso, mediante instrução devida, deve com empenho ser buscada pelos pastores de almas em toda ação pastoral. Não havendo, porém, esperança alguma de que tal possa ocorrer, se os próprios pastores de almas não estiverem antes profundamente imbuídos do espírito e da força da Liturgia e dela se tornarem mestres, faz-se, por isso, muitíssimo necessário que antes de tudo se cuide da formação litúrgica do clero. Diante disso resolveu o Sacrossanto Concilio estabelecer:

A formação de mestres em Sagrada Liturgia: são professores escolhidos para lecionar a disciplina da Sagrada Liturgia nos seminários, nas casas religiosas de estudos e nas faculdades teológicas, devem, para seu cargo, ser cuidadosamente formados em estabelecimentos a isso especialmente destinados.

O Sacrosanto Concílio estabeleceu também a formação litúrgica do. Clero nos seminários e casas religiosas de estudos, a disciplina da Sagrada Liturgia esteja entre as matérias necessárias e mais importantes, nas faculdades teológicas, porém entre as principais. E seja tratada tanto sob o aspecto teológico e histórico, quanto espiritual, pastoral.. e jurídico. Empenhem-se além disso, os professores das demais disciplinas, especialmente de Teologia Dogmática, Sagrada Escritura, Teologia Espiritual e Pastoral, que, pelas exigências intrínsecas do objeto próprio de cada uma, ensinem o Mistério de Cristo e a história da salvação de tal modo que transpareçam claramente a sua conexão com a Liturgia e a unidade da formação sacerdotal.

Nos seminários e casas religiosas, os clérigos adquiram formação litúrgica da vida espiritual, com competente orientação para que possam entender as cerimônias sacras e nelas participar de todo o coração, tanto pela própria celebração dos mistérios sagrados, quanto pelos outros exercícios de piedade imbuídos do espírito da Sagrada Liturgia; do mesmo modo aprendam a observância das leis litúrgicas, assim que a vida nos seminários e institutos religiosos seja profundamente impregnada do espírito litúrgico.

Da mesma forma, a vida. Litúrgica dos Sacerdotes deve ser conforme o que eles pregam à sua comunidade. Os sacerdotes, quer seculares, quer religiosos, que já labutam na vinha do Senhor, sejam auxiliados por todos os meios oportunos para que sempre mais plenamente entendam o que realizam nas sagradas funções, vivam a vida litúrgica, e façam dela participantes os fiéis a eles confiados.

A Instrução Litúrgica e Participação Ativa do Povo: Com empenho e paciência procurem dar os pastores de almas a instrução litúrgica e também promovam a ativa participação interna e externa dos fiéis, segundo a unidade, condição, gênero de vida e grau de cultura religiosa, cumprindo assim um dos principais deveres do fiel dispensador dos mistérios de Deus; e nesse particular conduzam seu rebanho não só pela palavra, mas também pelo exemplo. Porque todos percebem quando um sacerdote está celebrando apenas com os lábios. Quando as palavras que profere não brotam de dentro da alma. São fórmulas repetidas mecanicamente sem fé. Da mesma forma, são aqueles sermões proferidos da boca para fora, com palavreado difícil para o povo simples entender. Entender e aceitar, principalmente uma mensagem pronunciada apenas com os lábios, e não do interior, com muita fé. “Esse povo está me adorando com os lábios...”.

O Sacrosanto Concilio determina também que as transmissões por rádio e televisão das funções sagradas, particularmente em se tratando da Santa Missa, façam-se com discrição e decoro, sob a direção e responsabilidade de pessoa idônea, escolhida para tal ofício pelos bispos.

REFORMA DA SAGRADA LITURGIA: A Santa Mãe Igreja deseja com empenho cuidar da reforma geral de sua Liturgia, a fim de que o povo cristão na Sagrada Liturgia consiga com mais segurança graças abundantes. E isto só é possível porque a : Liturgia consta de uma parte imutável, divinamente instituída, e de partes suscetíveis de mudança.

A regulamentação da Sagrada Liturgia é da competência exclusiva da autoridade da Igreja. Esta autoridade cabe à Santa Sé Apostólica e, segundo as normas do Direito, ao Bispo. Através do qual, ele pode dispor assuntos de Liturgia dentro dos limites estabelecidos, cabe também às competentes conferências territoriais dos Bispos, de vários tipos, legitimamente constituídas. Tudo isso a fim de que se mantenha a sã tradição e assim mesmo se abra caminho para um legitimo progresso sempre preceda cuidadosa investigação teológica, histórica e pastoral acerca de cada uma das partes da Liturgia a serem reformadas. Além disso, considerem-se tanto as leis gerais da estrutura e do espírito da Liturgia, como também a experiência proveniente da recente reforma litúrgica e dos indultos aqui e acolá concedidos. Afinal, não se façam inovações, a não ser que a verdadeira e certa utilidade da Igreja o exija e tomando a devida cautela de que as novas forma de um certo modo brotem como que organicamente daquelas que já existiam. Cuide-se também, na medida do possível, que não haja diferenças notáveis de cerimônias entre regiões vizinhas.

Na celebração litúrgica é máxima a importância da Sagrada Escritura. Pois dela são lidas as lições e explicadas na homilia e cantam-se os salmos. Pois para cuidar da reforma, progresso e adaptação da Sagrada Liturgia, é necessário que se promova aquele suave e vivo afeto pela Palavra de Deus.

As ações litúrgicas não são ações privadas, mas celebrações da Igreja, que é o sacramento da unidade, isto é, o povo santo, unido e ordenado sob a direção dos Bispos. E todas as vezes que as cerimônias, de acordo com sua própria natureza, admitem uma celebração comunitária, com assistência e participação ativa, dos fiéis.

Nas celebrações litúrgicas, cada qual, ministro ou fiel, ao desempenhar sua função, faça tudo e só aquilo que pela natureza da coisa ou pelas normas litúrgicas lhe compete. Também os ajudantes, leitores, etc, desempenham um verdadeiro ministério litúrgico. Portanto, cumpram sua função com aquela piedade e ordem que convém a tão grande ministério e com razão deles exige o povo de Deus. Para promover uma participação ativa, dos fiéis, trate-se de incentivar as aclamações do povo, as respostas, as salmódias, as antífonas e os cânticos, bem como as ações e os gestos e o porte do corpo. A seu tempo, seja também guardado o sagrado silêncio.

A Liturgia encerra também grande ensinamento ao povo fiel. Pois na Liturgia Deus fala a seu povo. Cristo ainda anuncia o Evangelho. E o povo responde a Deus, ora com cânticos ora com orações Sobretudo as orações dirigidas a Deus pelo sacerdote, que preside à comunidade na pessoa de Cristo, são rezadas em nome de todo o povo santo e de todos os presentes. E os sinais sensíveis que a Sagrada Liturgia usa para significar as coisas divinas invisíveis foram escolhidos por Cristo ou pela Igreja.

Portanto, não só enquanto se lêem aquelas coisas que foram escritas para o nosso ensinamentos (Rom 15,4), mas também enquanto a Igreja reza, ou canta ou age, é que se alimenta a fé dos participantes e suas mentes são despertadas para Deus, a fim de Lhe prestarem um culto racional e receberem com mais abundância sua graça.

Na Liturgia também ocorre a Pregação e a Catequese pois na Liturgia as cerimônias e as palavras estão intimamente conexas: Nas celebrações litúrgicas restaure-se a leitura da Sagrada Escritura mais abundante, variada e apropriada. Seja também anotado nas rubricas, conforme a cerimônia o permitir, o lugar mais apto para o sermão, como parte da ação litúrgica; e o ministério da pregação seja cumprido com muita fidelidade

e exatidão. Deve a pregação, em primeiro lugar, haurir os seus temas da Sagrada. Escritura e da Liturgia. Seja também inculcada, por todos os modos, a catequese mais diretamente litúrgica; e nas próprias cerimônias sejam previstos, se necessário for, breves esclarecimentos, a serem proferidos pelo sacerdote ou pelo ministro competente, em momentos mais oportunos, com termos prefixados por escrito ou semelhantes. Incentive-se também a celebração sagrada da Palavra de Deus, nas vigílias das festas mais solenes, em algumas férias do Advento e da Quaresma, como também nos domingos e dias santos, sobretudo naqueles lugares onde falta o padre. Neste caso seja o diácono ou algum outro delegado pelo Bispo quem dirija a celebração.

Na vida litúrgica na diocese, o Bispo deve ser tido como o sumo sacerdote de sua grei, do qual, de algum modo deriva e de pende a vida de seus fiéis em Cristo. Por isso faz-se mister que todos, particularmente na catedral, dêem máxima importância à vida litúrgica da diocese em redor do bispo: persuadidos de que a principal manifestação da Igreja. se realiza na plena e ativa participação de todo o povo santo de Deus nas mesmas celebrações litúrgicas, sobretudo na Eucaristia.

Na vida Litúrgica da Paróquia como nem sempre é possível a presença do Bispo, sobressaem as paróquias, confiadas a um pastor local, que as governe, fazendo as vezes do bispo: pois de algum modo eles representam a Igreja visível estabelecida por toda a terra. Por isso a vida litúrgica da paróquia e sua relação para com o Bispo deve ser favorecida na mente e na praxe dos fiéis e do clero. Haja esforço para que floresça o espírito de comunidade paroquial.

A preocupação de fomentar e reformar a Sagrada Liturgia é tida com razão como sinal dos desígnios providenciais de Deus sobre nossa época, como passagem do Espírito Santo em sua igreja; marcou-lhe com características próprias a vida, e até mesmo imprimiu uma nota em todo o modo de sentir e agir religioso desse nosso tempo. Pelo que, para mais favorecer essa ação pastoral litúrgica na Igreja, o Sacrossanto Concilio determina: que convém que seja instituída uma Comissão litúrgica, assistida por homens peritos em ciência litúrgica, música sacra e pastoral. Essa Comissão, na medida do possível, seja auxiliada por um Instituto de Liturgia Pastoral, constando de membros peritos nesse assunto, não excluídos, se for oportuno, os leigos. Pela mesma razão haja em cada diocese uma Comissão Litúrgica Diocesana para promover a ação litúrgica, sob a orientação do Bispo.

O Sacrifício da Missa alcança plena eficácia pastoral, também quanto à forma das cerimônias. O Sacrosanto Concilio, considerando, as missas que se celebram com assistência, de povo, principalmente aos domingos e festas de preceito, determina, que o ordinário da missa seja revisto de tal forma que apareça, claramente, a índole própria de cada uma das partes, bem como sua mútua conexão e facilite a participação piedosa e ativa dos fiéis. Por isso as cerimônias devem ser simplificadas, conservando cuidadosamente a substância. Omita-se tudo que foi duplicado no decurso dos tempos ou foi acrescentado sem verdadeira utilidade. Com a finalidade de mais ricamente preparar a mesa da Palavra de Deus para os fiéis, os tesouros bíblicos sejam mais largamente abertos, de tal forma que dentro de um ciclo de tempo estabelecido se leiam ao povo as partes mais importantes da Sagrada Escritura. Recomenda-se vivamente como parte da própria Liturgia a homilia pela qual, no decurso do ano litúrgico, são expostos os mistérios da fé e as normas da vida cristã, a partir do texto sagrado.

A Constituição do Sacrosantum Concilium determina que salvaguardados os princípios dogmáticos estabelecidos pelo Concílio Tridentino a comunhão sob as duas espécies pode ser concedida, nos casos a serem determinados pela Santa Sé tanto para clérigos e religiosos, quanto para leigos, a juízo dos , Bispos. Quanto ao Preceito da Missa. Festiva as duas partes, de que consta de certa forma a missa, a liturgia da palavra e a liturgia eucarística, estão tão estreitamente unidas, que formam ai m único ato de culto.

A concelebração, que apropriadamente manifesta a unidade do sacerdócio, permaneceu até o presente em uso tanto na Igreja Oriental quanto na Ocidental. Por isso o Concílio houve por bem estender a faculdade de concelebrar aos seguintes casos:

a) Na quinta-feira santa, tanto na Missa da crisma como na Missa vespertina;

b) Nas missas dos Concílios, reuniões de bispos e sínodos;

c) Na missa de bênção do Abade.

Além disso, com a licença do Ordinário, a quem compete julgar da oportunidade da concelebração:

Os demais Sacramentos e os Sacramentais Os Sacramentos destinam-se a santificação dos homens, à edificação do Corpo de Cristo e ainda ao culto a ser prestado a Deus. Sendo sinais, destinam-se também à instrução. Não só supõem a fé, mas por palavras e coisas também a alimentam, a fortalecem e a exprimem. Por esta razão são chamados sacramentos da fé. Conferem certamente a graça, mas sua celebração também prepara os fiéis do melhor modo possível para receberem frutuosamente a graça, cultuarem devidamente a Deus e praticarem a caridade. É muito importante, portanto, que os fiéis com compreendam com facilidade os sinais dos Sacramentos. E com muito zelo, frequentem os Sacramentos, que foram instituídos para alimentar a vida cristã. Por Isso, a liturgia dos Sacramentos e Sacramentais consegue para os fiéis bem dispostos que quase todo acontecimento da vida seja santificado pela graça divina que flui do Mistério Pascal da Paixão, Morte e. Ressurreição de Cristo, do qual todos os Sacramentos e Sacramentais adquirem sua eficácia. E, quase não há uso honesto de coisas materiais que não possa ser dirigido à finalidade de santificar o homem e louvar a Deus.

O uso da Língua Vernácula: Sendo frequentemente muito útil para o povo o uso da língua vernácula na administração dos Sacramentos e Sacramentais, dê-se-lhe lugar mais amplo, conforme as seguintes normas:

a) Na administração dos Sacramentos e Sacramentais pode-se empregar a língua vernácula de acordo com a norma do art. 36.

b) Conforme a nova edição do Ritual Romano, trate a competente autoridade eclesiástica territorial; de preparar quanto antes os Rituais Particulares, acomodados às necessidades de cada região, também quanto à língua. Aprovados pela Santa Sé, apliquem-se depois nas regiões a que se destinam. Na redação destes Rituais ou coleções particulares de ritos, não se omitam as instruções que no Ritual Romano precedem a cada rito, tanto as pastorais e de rubricas como as que têm especial importância comunitária.

Os demais Sacramentos e os Sacramentais: Restaure-se o catecumenato dos adultos dividido em diversas etapas, introduzindo-se o uso de acordo com o parecer do ordinário do lugar.

Revejam-se ambos os ritos do batismo de adultos, tanto o mais simples como o solene, tendo em conta a restauração do catecumenato.

Para o caso de batismos numerosos devem figurar no rito batismal as necessárias adaptações, usadas de acordo com o parecer do Ordinário do lugar.

Seja revisto também o rito da Confirmação, para mais claramente aparecer a íntima conexão deste Sacramento com toda a iniciação cristã

O rito e as fórmulas da Penitência sejam revistos de tal forma que exprimam mais claramente a natureza e o efeito deste Sacramento.

A "Extrema-Unção", que também e melhor pode ser chamada Unção dos Enfermos, não é um Sacra mento só daqueles que estão perto da morte. Portanto, tempo oportuno para receber a Unção dos Enfermos é certamente o momento em que o fiel começa a correr perigo de morte, doença ou idade avançada.

Os ritos das Ordenações sejam revistos, tanto no que toca às cerimônias, como ao texto. As aIocuções do Bispo no inicio de cada Ordenação ou consagração podem ser feitas em vernáculo.

O rito do Matrimônio, que se encontra no Ritual Romano, seja revisto e enriquecido. Deve mostrar mais claramente a graça do Sacramento e inculcar as obrigações dos cônjuges.

Os Sacramentos devem ser revistos, tendo-se em conta a norma básica de que a participação dos fiéis seja consciente, ativa e fácil, e atendendo-se também às necessidades dos nossos tempos. Nos rituais a serem revistos, e podem ser acrescentados novos Sacramentais, segundo a exigência das necessidades.

Com referência ao No Litúrgico, a Santa Mãe Igreja julga seu dever celebrar em certos dias no decurso do ano, com piedosa recordação, a obra salvífica de seu divino esposo. Em cada semana, no dia que ela chamou Domingo, comemora a Ressurreição do Senhor; celebrando-a uma vez também, na solenidade máxima da Páscoa, juntamente com sua sagrada Paixão.

No decorrer do ano, revela todo o Mistério de Cristo desde a Encarnação e Natividade até a Ascensão, o dia de Pentecostes e a expectação da feliz esperança e vinda do Senhor. Relembrando desta forma os Mistérios da Redenção, franqueia aos fiéis as riquezas do poder santificador e dos méritos de seu Senhor, de tal sorte que, de alguma forma, os torna presentes em todo o tempo, para que os fiéis entrem em contacto com eles e sejam repletos da graça da salvação.

No decorrer do ano a Igreja inseriu ainda as memórias dos Mártires e dos outros Santos, que, con- duzidos à perfeição pela multiforme graça de Deus e recompensados com a salvação eterna, cantam nos céus o perfeito louvor de Deus e intercedem em nosso favor. Pois nos natalícios dos Santos prega o mistério pascal vivido pelos Santos que com Cristo sofreram e foram glorificados e propõe seu exemplo aos fiéis, para que atraia por Cristo todos ao Pai e por seus méritos impetre os benefícios de Deus.

CONCLUSÃO

O Sacrosanto Concílio orienta e determina as normas e as reformas da Sagrada Liturgia para que a Santa Madre Igreja conduza seu rebanho de forma cada vez mais atuante e atual. Os Sacramentos devem ser revistos, tendo-se em conta a norma básica de que a participação dos fiéis seja consciente, ativa e fácil, e atendendo-se também às necessidades dos nossos tempos. Nos rituais a serem revistos, e podem ser acrescentados novos Sacramentais, segundo a exigência das necessidades.

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