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quinta-feira, 4 de junho de 2009

E QUEM MORREU SEM SER BATIZADO?

QUEM CRER O FOR BATIZADO SERÁ SALVO. E QUEM MORREU SEM SER BATIZADO?

A mãe desesperada chora porque o seu filho morreu antes de ser batizado. Ela se sente culpada porque retardou o dia de batizar a criança. Por uma questão de desorganização familiar, ficaram discutindo o nome do bebê, e outras indecisões, até que quando foi marcar o batismo a criança já com 8 meses de idade, ela caiu da mesa onde estavam trocando a fralda , e horas depois na U.T.I. , morreu de traumatismo craniano.

E agora? O padre ao ser consultado, afirma que “Vamos esperar pela misericórdia de Deus”. Mas os familiares , principalmente a mãe, acham que a criança não está no céu neste momento, e que a culpa pesa sobre a mãe e outros familiares.

Vejamos o que diz o Catecismo da Igreja Católica, a respeito de pessoas que morrem sem serem batizadas.

VI. A necessidade do Batismo

1257. O próprio Senhor afirma que o Batismo é necessário para a salvação (56). Por isso, ordenou aos seus discípulos que anunciassem o Evangelho e batizassem todas as nações (57). O Batismo é necessário para a salvação de todos aqueles a quem o Evangelho foi anunciado e que tiveram a possibilidade de pedir este sacramento (58). A Igreja não conhece outro meio senão o Batismo para garantir a entrada na bem-aventurança eterna. Por isso, tem cuidado em não negligenciar a missão que recebeu do Senhor de fazer «renascer da água e do Espírito» todos os que podem ser batizados. Deus ligou a salvação ao sacramento do Batismo; mas Ele próprio não está prisioneiro dos seus sacramentos.

1258. Desde sempre, a Igreja tem a firme convicção de que aqueles que sofrem a morte por causa da fé, sem terem recebido o Batismo, são batizados pela sua morte por Cristo e com Cristo. Este Batismo de sangue, tal como o desejo do Batismo ou Batismo de desejo, produz os frutos do Batismo, apesar de não ser sacramento.

1259. Para os catecúmenos que morrem antes do Batismo, o seu desejo explícito de o receber, unido ao arrependimento dos seus pecados e à caridade, garante-lhes a salvação, que não puderam receber pelo sacramento.

1260. «Com efeito, já que Cristo morreu por todos e a vocação última de todos os homens é realmente uma só, a saber, a divina, devemos manter que o Espírito Santo a todos dá a possibilidade de se associarem a este mistério pascal, por um modo só de Deus conhecido» (59). Todo o homem que, na ignorância do Evangelho de Cristo e da sua Igreja, procura a verdade e faz a vontade de Deus conforme o conhecimento que dela tem, pode salvar-se. Podemos supor que tais pessoas teriam desejado explicitamente o Batismo se dele tivessem conhecido a necessidade.

1261. Quanto às crianças que morrem sem Batismo, a Igreja não pode senão confiá-las à misericórdia de Deus, como o faz no rito do respectivo funeral. De fato, a grande misericórdia de Deus, «que quer que todos os homens se salvem» (1 Tm 2, 4), e a ternura de Jesus para com as crianças, que O levou a dizer: «Deixai vir a Mim as criancinhas, não as estorveis» (Mc 10, 14), permitem-nos esperar que haja um caminho de salvação para as crianças que morrem sem Batismo. Por isso, é mais premente ainda o apelo da Igreja a que não se impeçam as criancinhas de virem a Cristo, pelo dom do santo Batismo.

VII. A graça do Batismo

1262. Os diferentes efeitos do Batismo são significados pelos elementos sensíveis do rito sacramental. A imersão na água evoca os simbolismos da morte e da purificação, mas também da regeneração e da renovação. Os dois efeitos principais são, pois, a purificação dos pecados e o novo nascimento no Espírito Santo (60).

PARA A REMISSÃO DOS PECADOS

1263. Pelo Batismo todos os pecados são perdoados: o pecado original e todos os pecados pessoais, bem como todas as penas devidas ao pecado (61). Com efeito, naqueles que foram regenerados, nada resta que os possa impedir de entrar no Reino de Deus: nem o pecado de Adão, nem o pecado pessoal, nem as consequências do pecado, das quais a mais grave é a separação de Deus.

1264. No batizado permanecem, no entanto, certas consequências temporais do pecado, como os sofrimentos, a doença, a morte, ou as fragilidades inerentes à vida, como as fraquezas de carácter, etc., assim como uma inclinação para o pecado a que a Tradição chama concupiscência ou, metaforicamente, a «isca» ou «aguilhão» do pecado («fomes peccati»): «Deixada para os nossos combates, a concupiscência não pode fazer mal àqueles que, não consentindo nela, resistem corajosamente pela graça de Cristo. Bem pelo contrário, "aquele que tiver combatido segundo as regras será coroado" (2 Tm 2, 5)» (62).

Minha querida senhora e mãe que neste momento está com um duplo sofrimento: Seu filho, com certeza, está com Deus na glória eterna. E a sua pessoa e seus familiares, com certeza não serão condenados por isso, (não obstante é bom fazerem boas confissões) por que não tiveram a intenção de prejudicar a salvação daquela criança, nem o retardamento do batismo pode ser considerado uma coisa de propósito, apenas uma leve negligência.

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