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domingo, 28 de junho de 2009

FAÇA O QUE EU DIGO E NÃO FAÇA O QUE EU FAÇO


Somos mestres em mandar os outros fazer o que é correto e, vez por outra podemos nos pegar em flagrante cometendo os mesmos erros. Que decepção ficar sabendo que o nosso pai, ou nossa mãe, um professor, um padre ou catequista fez alguma coisa contrária daquelas que ele(a) nos ensina, e nós acatamos! Nós cristãos catequistas temos a obrigação de tentar ser cristão seguidores de Cristo, cristão de verdade e não um enganador(a). Mesmo porque não podemos enganar as pessoas por muito tempo. O catequista precisa de preferência, viver o que ensina. No mínimo tentar viver aquilo que passa para os jovens em seus encontros semanais. E o segredo para viver o que ensina é a oração, e a participação na Eucaristia mais de uma vez por semana se possível. A respeito desse assunto, a vivência da espiritualidade, vamos mostrar a bela reflexão de Ana Luíza Medeiros.

FALAMOS DEMAIS E FAZEMOS DE MENOS

Para alguns, é muito fácil falar; muitas pessoas têm eloqüência, oratória, conseguem encontrar as palavras corretas para os momentos certos e quando falam convencem de uma forma extraordinária, eu já comprei muitas idéias assim, de pessoas que falavam "divinamente". Mas, o tempo passou e essas mesmas idéias foram se mostrando sem sentido, muitas das palavras ficaram pelo caminho, palavras jogadas ao vento. Os fatos não foram condizentes ao discurso. E a credibilidade que aquela pessoa tinha conquistado, simplesmente morreu.

Durante toda nossa vida nos deparamos com decepções assim, dentro da Igreja ou na vida secular mesmo. Políticos, professores, amigos, padres e até mesmo nossos pais. Quantas vezes não ouvimos aquele velho ditado: faça o que eu digo, não faça o que eu faço! Mas, como pode ser? Como posso falar algo e fazer diferente. Sou duas pessoas, por acaso?

Jesus vem falar justamente dessa nossa dualidade. Sim, nossa! Porque não somos apenas vítimas, mas também falamos demais e fazemos de menos. Será hipocrisia de minha parte falar tão bem das maravilhas de Deus, consolar as pessoas, falar sobre perdão, amor, solidariedade se eu não consigo compreender meu irmão, quando sou indiferente à sociedade mergulhada num abismo social, quando não consigo expressar um ato sequer de amor durante todo o meu dia.

Ouvir e seguir aos ensinamentos de Cristo é fortaleza em nossa vida, vivendo assim posso ter certeza que meus atos, até mesmo os errados, vêm da minha vontade de acertar, não ficarei presa, escrava de mentiras ou máscaras. Serei eu, assim como o Senhor me vê, errante, porém aprendiz, pronta para servir a Deus não somente com palavras, mas em atos concretos de Amor, amar ao Deus que está no meu irmão.

Senhor, nos concede a graça de, cada dia mais, servir-Te mais em atitudes que somente em palavras, e que aquilo que saia de minha boca seja com amor, seja para edificar, elevar, que não seja palavras ao vento. Senhor, que a Tua vontade e Teu querer sejam sempre o meu querer.

Ana Luíza Medeiros

analu_medeiros_86@hotmail.com

www.reflexaoliturgiadiaria.blogspot.com

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